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Escola de Vela Oceano Florianópolis |
Por Marcelo Visintainer Lopes
Instrutor
de Vela
Escola
de Vela Oceano
“Meu lugar é no
convés e não nos porões – nasci para comandar”!
Esta frase marcou
muito a minha carreira de tripulante.
Eu velejei com
este cara!
O velho marujo e
experiente velejador tinha aquele estilo antigo de comandar (gritos e palavrões)
e embora não fosse a melhor referência, pude aprender muita coisa importante com
ele.
Tive oportunidade
de velejar com diversos capitães e todos tiveram algum tipo de influência na
minha maneira de comandar.
O tempo passou rápido
e já se vão mais de 30 anos comandando minhas próprias tripulações.
Atuo em quatro áreas
da vela (instrução, charter, charter com instrução e travessias) e cada uma
delas, pela distinção de objetivos, exige uma maneira diferente de agir.
Mesmo em uma
simples velejada com a família ou com os amigos, sempre existirão diferentes
perfis na tripulação e, consequentemente diferentes maneiras de comandar.
Tem o perfil que
gosta de emoção e o que detesta, as pessoas idosas, as crianças, as crianças
bem pequenas, os tripulantes com trauma de água etc.
São muitas
variáveis envolvidas na arte de comandar e a sensibilidade do comandante poderá
transformar para sempre a vida de uma pessoa (positiva ou negativamente).
É importante que
o futuro comandante entenda tudo isto e consiga criar seus próprios padrões
(emocionalmente aceitáveis) para tornar a velejada prazerosa.
O caminho menos
penoso para o futuro capitão e o único capaz de acentuar a curva de aprendizado
é adquirir experiência genuína como tripulante, conhecendo as rotinas de um
veleiro e os métodos de trabalho do comandante.
CARACTERÍSTICAS E HABILIDADES...
Ele deve:
- Ser firme, mas
não necessariamente rígido.
- Ter paciência
com as opiniões opostas e deve saber justificar suas atitudes.
- Ser sensível e humilde
o suficiente para saber a hora de ceder à natureza e “arribar” (contrariando o
plano inicial).
- Ser rápido nas
tomadas de decisão, principalmente no momento de calcular o “risco x benefício”.
- Dar o melhor exemplo
(logo nos primeiros dias) a respeito dos cuidados com o barco, com a
organização de cabos, com a organização interna, limpeza, higiene pessoal e em
todos os setores onde exista alguma possibilidade de conflito.
- Ser capaz de enxergar
situações de risco antes mesmo que se apresentem.
- Saber chamar a
atenção da tripulação para que atendam as prioridades do momento (fazer apenas
o que tem que ser feito naquele instante – sem perda de foco).
- Saber
demonstrar na prática como realizar as tarefas da maneira mais correta.
- Saber descrever
(mesmo à distância) o passo a passo para a resolução de tarefas.
- Comunicar-se de
forma clara, pausada e em tom de voz mais grave, já que falhas na comunicação
desencadeiam problemas.
- Saber resolver
(deveria saber) todas as quebras que podem ocorrer a bordo.
- Estar atento
não só no que ocorre no ambiente interno, mas também no externo. Do lado de
fora do barco lidamos com maré, correnteza, vento, ondas, redes de pesca,
outras embarcações, pedras, bancos de areia, sinalizações náuticas, ilhas etc.
- Ser um bom
gestor. Ele gere o tempo de trabalho e o tempo de descanso dos tripulantes, a
segurança, as compras, a alimentação, a farmácia de bordo, a produção e o
consumo de água, o combustível e mais um montão de coisas ao mesmo tempo. Alguns
comandantes delegam parte da gestão...
- Estar sempre
atento ao estado emocional e físico dos seus tripulantes e resolve os problemas
logo no início.
Ele não gosta de
demonstrar fraquezas, pois sabe que isto desestabiliza o emocional da
tripulação.
Ele não gosta de
perder tempo com rodeios e por isto costuma ser direto e objetivo.
E pra finalizar...
A parte da
história que mais me encanta: ele estimula o sentimento de grupo e a
camaradagem, criando um ambiente onde as amizades tendem a durar para sempre!
Bons ventos e um
bom comando!
Até a próxima!
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